Nos textos propostos na aula 3 ,os autores tratam a experiência
para além das atividades práticas no fazer pedagógico. Na concepção de Dewey a
experiência é mais complexa, pois se caracteriza por um fluxo e refluxo
alimentados de significação. Essa discussão levou-me a refletir sobre o estágio
enquanto “experiência” docente.
A instrumentalização
técnica, uma abordagem de estágio ainda muito presente nos cursos de formação
de professores, pauta-se na ideia de atividades, de técnicas, muitas vezes dissociadas
de uma reflexão ou dos conceitos que elas pretendem elucidar. Essa ideia está longe do que os autores do
texto propõem como experiência.
A experiência deve ser
alimentada pelas discussões dos fatos decorridos nessa prática, estes devem ser
refletidos e provocar mudanças de
condutas. Sem isso, não podemos falar em experiência docente.
Abordar a experiência como
condição de construção de conhecimento exige da instituição formadora e dos
formadores uma clarificação do que ela seja. É preciso ultrapassar a ideia do
simples uso de diferentes metodologias
e; ainda me remetendo ao texto, é imprescindível que nesta tarefa todos os
sujeitos estejam comprometidos.
Uma abordagem mais recente,
a do estágio com pesquisa ou pesquisa como estágio, propõe a reflexão do
processo- da sua prática, então, da experiência.. Nesse sentido,
faz-se necessário uma interlocução do professor com os alunos, o registro dos
fatos, a análise e discussão dos mesmos e a construção de um conhecimento pelos
envolvidos.
Muitos professores indígenas
que chegam aos cursos de formação inicial, já exercem a função em suas comunidades. Uma das
preocupações que trazem é com o “fazer” na sala de aula. O desafio é como
organizar o estágio enquanto experiência docente.....
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