A partir das aulas e das leituras feitas,
passo a refletir se realmente estou compreendendo o pensamento de Pierce.
Exponho nesse espaço reflexões sobre o meu entendimento.
O pragmatismo ou pragmaticismo Perciano pode
ser considerado como um método de investigação para produção de conhecimento.
Pois segundo Pierce (1974) seria um método capaz de determinar o verdadeiro
sentido de qualquer conceito, doutrina, proposição, palavra, ou outro tipo de
signo, por meio das experiências que afetam a conduta.
Esse método acontece por meio do seguinte
processo lógico: abdução, dedução, indução. A abdução seria o momento do
surgimento do problema, algo desconhecido que chama a atenção, aquilo que te
angustia a procurar a resposta, a dúvida. A dedução seria que a partir da hipótese
que foi formulada para explicar o problema buscar-se verificar por meio de
ideias e teorias já formuladas uma explicação para sua hipótese. A indução faz
com que essa hipótese seja testada na prática e provoca-se a reflexão, cujo
resultado deve afetar uma mudança de conduta como de pensamento.
E uma das características principais dessa mudança
de conduta para ser válida no pragmaticismo é que deve ser pública, ou seja,
não é válida se mudar somente minha conduta perante minha realidade particular.
Deve ser válida para todos em qualquer realidade. Sendo essa validade para
todos que confere a esse método a cientificidade.
Para Pierce o método científico é aquele em
que as conclusões últimas de todas as pessoas sejam as mesmas, ou seja, que
leve ao acordo de opiniões, pois a verdade é algo público.
Dessa forma, apresento um exemplo do processo
lógico de Pierce, que realmente espero que apresente essa lógica, sinalizando
que realmente estou compreendendo o tema. O exemplo se refere ao processo de
ensino-aprendizagem de matemática. Muitos alunos não gostam de matemática, isso
é um fato. A questão que se coloca é por que os alunos não gostam de
matemática. Tem-se como hipótese que seja pela forma como a disciplina foi
ensinada, de forma mecânica sem a necessidade de o aluno compreender o
raciocínio lógico. Buscam-se então formas de ensinar os alunos, por exemplo,
porque mais com mais dá mais e mais com menos dá menos e menos com menos dá
mais, mas de uma forma que o faça entender e não impondo como “regrinha” para a
conta dar certo. Isso deve ser praticado e refletido por meio dos resultados,
no qual espera-se que ocorra uma mudança de conduta dos alunos que passem a se
interessar mais por matemática e pelo professor que mude sua forma de ensinar
matemática.
PIERCE, C. S. Escritos ciligidos. São Paulo: Abril Cultural, 1974.
(Coleção Os Pensadores, 36).
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