Ao realizar uma leitura sobre minhas anotações a
partir dos textos e das aulas, iniciei um processo de reflexão sobre as
possíveis contribuições da semiótica de Peirce para a educação.
Algumas contribuições da semiótica peirceana no
contexto escolar.
A semiótica aponta para a necessidade de colocar em dúvida as nossas crenças e gerar reflexões sobre elas, para evitar que se transformem em dogmas. Isso é um caminho que pode auxiliar os
professores (as) a repensarem suas práticas e as crenças que têm sobre elas, indagando se estão em
consonância com a função social da escola, no sentido de contribuir para o
conhecimento dos estudantes. São necessários investimentos formativos que
acarretem mudanças nas condutas didático-pedagógicas dos professores (as). Os
professores se fecham para novas concepções sobre educação, impedindo assim de
criar novas semioses. Nem sempre é fácil este caminho; discursar sobre
metodologias e teorias somente não produz efeito. O professor deve ser
provocado para gerar mudança a partir do concreto (da relação professor-aluno).
Para Peirce, experienciar uma prática pedagógica é
para professores e crianças investigar, descobrir, modificar condutas
(aprender) através da experiência. A relação entre aluno, professor (a) e
conhecimento gera semioses que por sua vez gera significações. O sentido da
educação é produzir mudanças e efeitos em condutas, pois se não for assim, não há
sentido para a mesma. Para o pragmatismo há uma negação entre a dualidade teoriaXprática. No
cotidiano da escola é presente a distância entre teoria e prática.
Em resumo, os pensamentos acerca da semiótica no
contexto escolar podem contribuir para que os professores sempre reflitam sobre
suas práticas e condutas e para que os alunos encontrem significação para o que
aprendem na escola. É claro que não se encerram aqui as contribuições, mas
esses são meus entendimentos iniciais sobre o tema.
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