Olá à todos.
Os estudos realizados
por mim na disciplina: “Entre os saberes
docentes e aprenderes discentes: questões teóricas e metodológicas”,
ministrada pelo professor Mauro Betti, fizeram-me escrever dois textos postados
anteriormente a partir da reflexão sobre o outro “educador” aquele que vive
fora, aquele que a escola exclui, pois é aquele formado visto pela escola
apenas como um organismo “intelectual” não um ser que possuí sentimentos, sensibilidade
e criatividade. Tal disciplina tem me proporcionado momentos
de reflexão sobre minha prática profissional e me conduzido por um
caminho de questionamentos, angustias e tensões. Posso dizer que tal situação tirou-me
do momento de terceridade no qual me encontrava e fez com que pensasse sobre
como realizar uma prática pessoal e profissional que perpassa pela secundidade antes
de chegar a terceridade.
Constatei a
partir das nossas aulas que o momento em que o sujeito se depara com situações
de erro, de levantamento de hipóteses e de questionamento da verdade absoluta e
da certeza/resposta que o professor “deve” ter, de acordo com nossa herança
positivista de ensino, cujo professor era o centro do processo de aprendizagem;
precisa ser questionada e reconstruída por mim.
Entretanto, como
fazer isso a partir de nossas construções cognitivas e práticas se também sou
fruto desta mesma concepção? Ou seja, eu mesma preciso construir meu próprio
percurso profissional, pois não existem ainda respostas “prontas e acabadas”
sobre isso? Mas como???
Quais valores
devem ser resgatados em mim? Quais situações eu devo reviver? Como perceber
todas as experiências pessoais que acabam influenciando minha prática
pedagógica? Quais modelos de professores e práticas pedagógicas construíram
minha identidade profissional que me influenciam conscientemente ou não?
Não venho neste
pequeno espaço de reflexão buscar respostas fáceis e nem mesmo prontas, mas não
poderia de forma alguma deixar de dizer o quanto tal situação é interessante
neste momento de minha vida, pois posso aproveitar essa nova etapa de pesquisa
para me olhar e olhar para minha prática profissional a partir dos conteúdos
aprendidos ou não nesta disciplina, pois conforme constatei tenho muito mais
dúvidas do que certezas.
Abraços,
Se você for uma pessoa
que busca realmente a verdade, é necessário que ao menos uma vez na vida duvide
de todas as coisas, da maneira mais profunda.
Descartes
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