Repensando a formação continuada a partir da proposta teórico metodológica da
Pesquisa-ação
Os estudos sobre pesquisa-ação na disciplina: “ Entre os saberes docentes e aprenderes discentes: questões
teóricas e metodológicas”, ministrada pelo professor Mauro Betti, tem me
feito refletir muito sobre minha prática
profissional e me seduzido,
efetivamente, pelo seu caráter formativo e emancipador. As leituras têm me mobilizado internamente, produzido um certo
incômodo não só sobre meu
papel de formadora mas sobre a falta de
projeto de formação continuada eficaz
das secretarias de educação nas escolas.
Assim, como profissional da educação, ocupando
um espaço de gestora e por sua vez
formadora na escola, vislumbro a pesquisa-ação como uma abordagem teórica e metodológica profícua
na formação continuada
por basear-se na ação reflexão, na participação do
professor como sujeito produtor de conhecimento a partir do seu ofício e desta
forma autores de transformações
necessárias.
Fico imaginando como realizar na escola em parceria
com os que lá trabalham a
investigação de nossa prática para
melhorá-la cada vez mais. O
desafio maior que sinto é saber mobilizar o outro para
investigar, o desejo de pesquisar a prática, o local de trabalho, se virem
como autores, produtores de conhecimento,
estabelecer uma relação boa,
significativa com o saber .
Aos
responsáveis pelas políticas públicas de formação continuada local e
nacional se portarem como pesquisadores colaborativos na e pela formação
continuada nas escolas,enfrentar o desafio de buscarem referenciais na pesquisa-ação, que tenha por princípios:
•
a ação conjunta entre
pesquisador-pesquisados;
•
a realização da pesquisa em ambientes onde
acontecem as próprias práticas;
•
a organização de condições de autoformação
e emancipação aos sujeitos da ação;
•
a criação de compromissos com a formação e
o desenvolvimento de procedimentos crítico-
reflexivos
sobre a realidade;
•
o desenvolvimento de uma dinâmica coletiva
que permita o estabelecimento de referências
contínuas
e evolutivas com o coletivo,no sentido de apreensão dos significados
construídos e em construção;
•
reflexões que atuem na perspectiva de
superação das condições de opressão, alienação e de massacre da rotina;
•
ressignificações coletivas das
compreensões do grupo, articuladas com as condições sociohistóricas;
•
o desenvolvimento cultural dos sujeitos da
ação.(FRANCO, 2005, p.485)
A mim fica
o desafio nada fácil, pessoal e profissional, de estudar a metodologia da pesquisa-ação, para gestar na escola espaços de formação continuada
nestes moldes na escola, pois o que
desejo, pretendo é “ assumir os
dois papéis, de pesquisador e de participante, e ainda sinalizando para a
necessária emergência dialógica da consciência dos sujeitos na direção de
mudança de percepção e de comportamento.(idem, p.483)”
Referências
FRANCO,
M. A .S . Pedagogia
da Pesquisa-Ação. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 3, p. 483-502, set./dez.
2005. Disponível em: www.scielo.br/pdf/ep/v31n3/a11v31n3.pdf. Acessado em 11/04/2014
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