terça-feira, 16 de outubro de 2012

Anotações sobre a aula da professora Maria Amelia Santoro Franco

Olá, como estão todos??

      Lendo os textos para a aula do dia 19/10 me lembrei de uma aula da professora Maria Amelia Santoro Franco sobre pesquisa-ação que assisti no dia 31/08 na turma dos Seminários de Pesquisa do Doutorado pois o professor Mauro havia convidado a todos que quisessem já que posteriormente iríamos trabalhar com esse tema.
      Dessa forma, retomei as anotações que tinha sobre essa aula e algumas coisas foram para mim muito complementares. Assim, vou aqui compartilhar essas anotações pessoais baseadas na fala e na apresentação da professora Maria Amelia pois quem sabe possa assim contribuir com a compreensão dos colegas.
       Desde já peço para que os colegas fiquem a vontade com relação a contribuições e correções pois posso ter entendido algo errado durante a aula e então poderei assim aumentar meu pouco entendimento sobre o assunto.

PROBLEMATIZANDO MÉTODOS QUALITATIVOS EM INVESTIGAÇÃO EM CAMPO

  • A pesquisa-ação não é complexa; quem é complexo é o objeto da pesquisa. Como é necessário em método longo, complexo e contínuo, não tem como fazer uma pesquisa-ação no método "microondas".
  • Em pouco tempo é possível apenas fazer uma pesquisa-ação pedagógica, ou seja, não será uma pesquisa-ação clássica, transformadora, mas terá os princípios desse método.
  • A educação é um objeto complexo e portanto cheio de contradições; dessa forma não existirá pesquisa em educação se não trouxermos tais contradições a tona.
  • O tempo é uma das variáveis da pesquisa-ação.
  • É possível fazer pesquisa-ação utilizando diferentes caminhos, fugindo do método "quadradinho" porém, é necessário seguir os princípios.
  • Trabalhar com pesquisa-ação implica um convívio constante e prolongado entre você e o mundo.
  • O par teoria/prática remete sobretudo a uma perspectiva política e crítica e assim, na pesquisa-ação, não há possibilidade de tê-la de forma linear e acrítica (reflexão emancipatória, empoderamento).
  • É necessário pensar a educação a partir do par experiência/sentido.
  • É preciso pensar a pesquisa-ação a partir da perspectiva de humanização/socialização/sentido.
  • A experiência é aquilo que nos passa, que nos acontece, que nos toca, que nos mobiliza e o que nos produz desejo.
  • Experiência não é informação pois  informação não deixa lugar para a experiência, ela é quase o contrário da experiência, quase uma antiexperiência.
  • Um sujeito fabricado e manipulado pelos aparatos da informação e da opinião é um sujeito incapaz de experiência.
  • A pesquisa-ação vai buscar o sujeito na experiência, no coletivo.
  • Os aparatos educacionais também funcionam cada vez mais no sentido de tornar impossível que alguma coisa nos aconteça.
  • Um dos grandes dilemas existentes é a diferença entre "Pesquisa na educação" e "Pesquisa para a educação".
  • Distanciar teoria e prática exclui o outro, torna-o um receptador/consumidor de materiais prontos e elaborados por outros.
  • Os estudos científicos sobre a educação de cunho positivista separam sujeito e objeto de pesquisa.
  • A pesquisa-ação vem de encontro com essa prática aplicacionista pois: é uma alternativa de reconstrução do significado do exercício nas práticas pedagógicas; é uma alternativa metodológica; é uma prática pedagógica para construir conhecimentos sobre a prática docente.
  • Uma pesquisa-ação continua sendo pesquisa portanto ainda é um processo de construção do conhecimentos, ainda deve ser uma síntese de dados.
  • Temos como diferenças a tessitura da construção do conhecimento já que a interpretação é partilhada entre os sujeitos e o fato do conhecimento emergir da dialética do processo e não do produto.
  • Incoerência entre objeto e método: utilizar somente os dados que comprovam as hipóteses pré-estabelecidas descartando o restante.
  • É necessário utilizar os sujeitos para analisar os dados e não somente para coletar dados.
  • Quanto mais se produz conhecimento com o grupo mais pesquisa-ação será.
  • A pesquisa-ação serve para mudar atitudes, práticas, situações, condições, discursos.
  • O outro possui saberes e estes são culturalmente relevantes.
  • O outro pode construir novos saberes.
  • O outro pode transformar-se em pesquisador da prática.

Bem.... essas eram minhas anotações acerca dessa aula. Convido os colegas a também complementar tais anotações.

Beijos e Abraços a todos.....

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