segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Apresentação da atividade da aula do dia 29 de setembro



O PAPEL DO PRAGMATISMO DE PEIRCE NA EDUCAÇÃO 

Grupo 2 A - Alan, Marcos, Robson e Nair.

TURRISI, P. O papel do pragmatismo de Peirce na educação. Cognitio-Estudos: Revista de Filosofia, São Paulo, n. 3, nov 2002.

Olá colegas,
            Utilizando as anotações da dinâmica realizada em sala apresentamos o artigo supracitado que examina o ensino no pragmatismo de Peirce, porém fazemos aqui apenas o entendimento da primeira parte do texto (Instrução Direta: uma breve genealogia crítica) na qual apresenta uma reflexão sobre a instrução direta e o construtivismo baseado no pragmatismo de Peirce.
            Turrisi expõe que Dewey traz, na defesa de um novo método de ensino e aprendizado, uma concepção em que a comunicação é compreendida tanto para quem ensina quanto para quem aprende, sendo que quando é moldada (engessada) perde seu poder educativo. A comunicação é educativa, tanto para o receptor quanto para quem comunicou, sendo que este precisa formular sua experiência para comunicar.
            O autor relata que a instrução direta promove um aprendizado mais eficiente – bons resolvedores de testes e promovidos com mais frequência –, mas não pensadores críticos e pesquisadores, ao passo que estes não fazem nem mesmo parte da agenda da instrução direta.
            Ao discorrer sobre as características do construtivismo o autor relata que o método de instrução tradicional, direta, ou aula expositiva, aqui entendidos como sinônimos, porém em momentos diferentes, aproxima-se do método autoritário (também já estudado). O autor crítica o ensino tradicional por ser diretivo e aponta o ensino da lógica como uma alternativa.
            Cita Bruner para contextualizar que todo conhecimento é uma construção mental de uma prática social, i. e., o aprendizado começa para o aprendiz estruturado por seu próprio conhecimento corrente.
            Uma das críticas feitas no texto estão nos poucos comentários teóricos dos construtivistas em que a vida interior volta ao mundo exterior, ou seja, no construtivismo não há uma verdade sobre uma realidade independente como um meio de afirmação e  como um plano de ação.
            Na continuidade do diálogo o autor apresenta dois princípios do construtivismo que vai contra ao conceito de estudante como caixa – receptor passivo –. No primeiro princípio G. H. Wheatley (citado) afirma que o conhecimento não é passivamente recebido, mas construído pelo sujeito. O segundo está na qual o sujeito cria a sua própria realidade, i. e., à cognição serve a organização do mundo experencial e não da realidade ontológica. Baseado nesses princípios do construtivismo o autor cita exemplos de métodos eficientes, como: aprendizado colaborativo, discussão, escrever para aprender, problem solving.
            Mas, Turrisi mostra que o segundo princípio de Wheatley apresenta um problema para a ciência e para um método científico de investigação. Aponta que a noção de que toda a pessoa cria a sua própria verdade é antiga e exemplifica com o teorema de Protágoras (O homem é a medida de todas as coisas) e com o relato de um livro-texto construtivista típico que faz crítica ao positivismo. Nesta crítica apresenta a versão naturalista ou construtivista admitindo várias realidades e não uma única realidade, e também que é impossível distinguir causas de efeito, diferente do positivismo no qual cada ação pode ser explicada como um resultado de uma causa real que precede o efeito. Nesta visão, o construtivismo é livre de dogma.
            Assim, chega ao entendimento que o construtivismo aproxima-se do método a priori (já discutido anteriormente na disciplina com a utilização do texto “Fixação das Crenças”). Argumenta que o dilema do construtivismo (aqui enfatizado o a priori) está: “Apenas porque eu possa vir a crer em algo, isso não indica que outros virão a acreditar na mesma coisa”. Dessa forma, a única maneira de lidar com as diferenças de métodos e investigação é acreditar que o universo é tão diverso que a construção da realidade de cada um é aceitável.
            Contudo, a visão construtivista (como já dito) não permite a idéia de uma realidade independente que possa ser determinada experimentalmente, pois a definição de “verdadeiro para mim” desafia qualquer formulação consistente.

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