No
final de semana, fui fazer uma visita a minha família, na minha terra
natal. Minha mãe é professora das disciplinas
de História/Geografia e Filosofia, da Rede Estadual de Ensino do Estado de São
Paulo, e me convidou para assistir um filme com ela, do qual, ela passaria aos
seus alunos, nesta semana. O filme chama-se “Tapete Vermelho”, é um filme
brasileiro, que conta a história de uma família do interior que parte para
cidade grande, em busca de cumprir uma “promessa”, no qual, Quinzinho tem que
levar seu filho ao cinema para conhecer Mazzaropi. E assim pai, filho, mulher e
o burro, partem de cidade em cidade, numa aventura cheia de surpresas.
Ao
ir assistindo o filme, e o desenrolar de sua história, pude perceber alguns vestígios
da semiótica, principalmente na categoria dos signos. Esta análise “semiótica”
permitiu um processo de interpretação de temas como a migração sofrida pelos
cinemas das pequenas cidades para as cidades grandes, a diferença da realidade
da vida rural e da vida nas cidades grandes, e de certo modo, o drama que o
cinema nacional enfrenta e a preocupação com a valorização da cultura e dos
personagens nacionais.
As
representações oferecidas por imagens habilita o cinema a encantar e fisgar seu
espectador pela poderosa impressão da realidade que causa. No “signo” Tapete
Vermelho, se assim podemos dizer, esta impressão gera a identificação entre o universo
de Mazzaropi e os personagens vividos pela trama, pelo fato, de os signos postos
no interior da história por meio dos personagens, de seus costumes, crenças,
trejeitos e expressões são os elementos que dirigem a atenção do espectador a
se envolver com a realidade da vida no interior e embarcar na “aventura” vivida
por Quinzinho e sua família.
E ao
buscarmos amarrações com nossa área de estudo e trabalho, mostra a importância do
Professor em estabelecer um olhar atento, em relação aos elementos, expressões,
“signos” que os alunos apresentam/representam e que muitas vezes não são valorizados, e deixados a margem do processo.
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