sábado, 5 de abril de 2014

Reflexões sobre o pragmatismo de Pierce



A partir das aulas e das leituras feitas, passo a refletir se realmente estou compreendendo o pensamento de Pierce. Exponho nesse espaço reflexões sobre o meu entendimento.
O pragmatismo ou pragmaticismo Perciano pode ser considerado como um método de investigação para produção de conhecimento. Pois segundo Pierce (1974) seria um método capaz de determinar o verdadeiro sentido de qualquer conceito, doutrina, proposição, palavra, ou outro tipo de signo, por meio das experiências que afetam a conduta.
Esse método acontece por meio do seguinte processo lógico: abdução, dedução, indução. A abdução seria o momento do surgimento do problema, algo desconhecido que chama a atenção, aquilo que te angustia a procurar a resposta, a dúvida. A dedução seria que a partir da hipótese que foi formulada para explicar o problema buscar-se verificar por meio de ideias e teorias já formuladas uma explicação para sua hipótese. A indução faz com que essa hipótese seja testada na prática e provoca-se a reflexão, cujo resultado deve afetar uma mudança de conduta como de pensamento.
E uma das características principais dessa mudança de conduta para ser válida no pragmaticismo é que deve ser pública, ou seja, não é válida se mudar somente minha conduta perante minha realidade particular. Deve ser válida para todos em qualquer realidade. Sendo essa validade para todos que confere a esse método a cientificidade.
Para Pierce o método científico é aquele em que as conclusões últimas de todas as pessoas sejam as mesmas, ou seja, que leve ao acordo de opiniões, pois a verdade é algo público.
Dessa forma, apresento um exemplo do processo lógico de Pierce, que realmente espero que apresente essa lógica, sinalizando que realmente estou compreendendo o tema. O exemplo se refere ao processo de ensino-aprendizagem de matemática. Muitos alunos não gostam de matemática, isso é um fato. A questão que se coloca é por que os alunos não gostam de matemática. Tem-se como hipótese que seja pela forma como a disciplina foi ensinada, de forma mecânica sem a necessidade de o aluno compreender o raciocínio lógico. Buscam-se então formas de ensinar os alunos, por exemplo, porque mais com mais dá mais e mais com menos dá menos e menos com menos dá mais, mas de uma forma que o faça entender e não impondo como “regrinha” para a conta dar certo. Isso deve ser praticado e refletido por meio dos resultados, no qual espera-se que ocorra uma mudança de conduta dos alunos que passem a se interessar mais por matemática e pelo professor que mude sua forma de ensinar matemática.


PIERCE, C. S. Escritos ciligidos. São Paulo: Abril Cultural, 1974. (Coleção Os Pensadores, 36).

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