TEXTO: A PERSPECTIVA SEMIÓTICA DA EDUCAÇÃO
SILVA,
Ana Cristina Teodoro da
O referido texto trata da
relação entre semiótica e a educação, e tem como objetivo indicar a perspectiva
desta, para a educação, indicando: sua definição, sua relação com a
aprendizagem e exemplos de situações em que processos educacionais ocorrem em
semiose, na perspectiva de Charles S. PIERCE.
A autora propõe inicialmente
duas questões: Para que serve a semiótica? e, Qual a contribuição da semiótica
para a educação? Ao longo do texto, se propõe responder tais questões, ao mesmo
tempo em que, instiga o leitor à uma reflexão sobre o próprio processo de
conhecimento a cerca do objeto apresentado neste texto.
O texto afirma que a
“semiótica propõe uma outra visão de mundo, que rompe com as dualidades”,
e, discute uma visão triadica e não dual
sobre os fenômenos. Trata-se de uma proposta para repensar como funciona o
pensamento.
“A semiótica pode ser definida como a ciência
que estuda os signos. Um signo está no lugar de algo para uma mente”(Silva,
2008, p.262). Para a construção do signo são necessários três elementos: o representamen, que é o valor da
experiência anterior do sujeito; o objeto
“um existente” que pode ser objeto, pensamento, ideias... e o interpretante, que é o
entendimento entre o objeto e o
representamen. É deste processo que se
origina o signo, que a autora denomina de semiose. Então, “a semiótica é o
estudo da semiose, do processo de atuação e funcionamento dos signos”( Silva,2008,
p. 263).
Partilhar desta premissa,
exige que repensemos nossa forma de como conhecemos, e isto, modifica nossas
concepções sobre educação, e no nosso caso, sobre metodologia da pesquisa, pois
um pesquisador escolhe sua metodologia de trabalho a partir de suas concepções.
As três turmas que
produziram significados para este texto, de acordo com a atividade proposta em
sala de aula, e descritas abaixo, conseguiram de forma suscinta indicar a
relação entre a semiótica e a
aprendizagem.
Por fim, trancrevemos o
parágrafo que, ao nosso ver, demonstra a verdadeira relação entre a semiótica e
a educação no texto em questão.
O professor deve
ainda procurar afetar os alunos ao conhecimento. Muito mais fácil de falar do
que de fazer . Por ora, sobre isso tenho apenas uma hipótese: professor que
gosta do conhecimento tem esse sentimento pulsando em suas atitudes, produz signos comunicativos (grifo
nosso) que podem encontrar
correspondência nos alunos, comunicando assim o prazer do conhecer, da busca, a
aventura da descoberta. Professor que entende que ler é um sacrifício e
pesquisa é mera obrigação, que seu trabalho é um fardo, também pulsará signos
correspondentes. (Silva, 2008. p..265).
É preciso resignificar a
forma como concebemos a contrução dos nossos saberes, para que se possa romper
paradigmas construídos ao longo da nossa formação e revisitar nossas práticas
educativas, de forma a afetarmos nossos alunos com o conhecimento.
Turma I
·
Semiótica e educação – a
relação.
·
Compreende que o conhecimento
ocorre por meio da relação triádica denominadas de categorias fundamentais:
primeiraidade, segundidade e terceiridade.
·
Semiótica – ciência que estuda
os signos. A construção dos signos se dá pelos múltiplos processos de
comunicação que provoca o afeto (afetar)
·
O afeto inicia qualquer relação
de aprendizagem – é fundamental que haja “afeto”. O afeto conecta –se à
primeiridade. O que não nos afeta, não produz signos.
·
A semiose é um fenômeno
contínuo.
Turma II
·
O aprendizado precisa de um
objeto ou conteúdo de uma mente.
·
A semiose pode ser entendida
como pensamento, pensamento ou inteligência.
·
O pensamento não é exclusivo
dos homens, mas uma característica do universo (até a floresta está em semiose)
·
Para Peirce não há separação
entre pares opostos (espírito e corpo, razão e sentimento), eles estão em
processo semiótico, esta relação está num sistema triádico que é semiótico.
·
Onde há comunicação há
aprendizagem, semiose é a ação do signo.
·
A semiótica tem um papel
importante na educação especial: não há uma única temporalidade correta para o
aprendizado, nem conteúdo determinado, bem como caminho privilegiado.
·
Desafio do educador: perceber o
aprendizado, participar das formulações sígnicas da crianças.
·
O aluno precisa se afetar pelo
aprendizado, está disposto a aprender.
·
O equilíbrio do professor na
situação do aprendizado.
Turma III
·
O professor deve afetar os
alunos ao conhecimento, já que, representa um signo entre os objetos do mundo e
os alunos – trilha do conhecimento.
·
O aluno de ser compreendido
como agente ativo no processo de aprendizagem.
·
Os currículos escolares separam
as linguagens que na vida estão misturadas.
·
A semiótica pode contribuir
para a não fragmentação do processo de significação.
·
A cognição inicia a partir da
interação de individuo e ambiente e não com a representação.
·
Importância da sensibilidade
para o conhecimento.
Referencia
Bibliográfica: SILVA, A. C. T. da. A perspectiva
semiótica nda educação. Revista Teoria e Prática da Educação , Maringá,
v.11,n.3,p.259-267, set-dez.2008.
Integrantes
do grupo 1:
- Marlizete Cristina Bonafini
Steinle
- Olga Lyda A. Rosales Tarunato
- Sandra Regina dos Reis
Rampzzo
- Sônia Maria Pelegrini
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