A
partir das leituras realizadas durante a disciplina e as discussões em sala de
aula, levantamos os seguintes questionamentos: Como favorecer a semiose no
contexto educacional? Ou ainda, o ambiente escolar tem possibilitado tal
processo de significação?
Tais
questionamentos se fazem relevantes ao partirmos do apontamento apresentado nas
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, no qual destaca que
o currículo escolar deve ser concebido como um conjunto de práticas que busquem
articular as experiências e os saberes dos alunos com os conhecimentos que
fazem parte do patrimônio cultural, científico, artístico e tecnológico. Essas
práticas devem ser efetivas por meio de relações sociais que os alunos desde
bem pequenos estabelecem com os professores e os demais alunos, e afetam a
construção de suas identidades.
Nesse
sentido, entendemos que a semiose necessita efetivar-se no processo educacional.
Isso porque o processo de ensino e aprendizagem acontece não apenas com o aluno,
mas também com o professor. Ou seja, quando tanto o primeiro e/ou o segundo partem
de um signo (qualquer coisa –um som ,gesto, traço, palavra, ritmo, etc – que representa
outra coisa, para uma “mente” interpretadora, sob certos aspectos, de alguma
maneira) e produz novos signos, então nesse momento surge o novo, quando
relaciona-se dois signos ou mais.
Dessa
forma, entendemos que a Educação atualmente não tem possibilitado o processo de
significação para o aluno, visto que as práticas pedagógicas ainda estão
pautadas em uma via de mão única, em que, na maioria das vezes, o professor é o
único detentor do conhecimento, ou seja, o processo educacional se dá de forma
vertical, do professor para o aluno e não na relação dialética entre ambos.
Diante
disso, compreendemos que se as práticas pedagógicas valorizassem os
conhecimentos, saberes, culturas e hábitos que os alunos trazem de seu contexto
familiar, social e religioso para o ambiente escolar, e por meio deles
ampliassem tais repertórios, possibilitando a construção de novos signos
teríamos então uma educação de mais qualidade, em que o aluno seria visto como
capaz e não apenas como (re)produtor de conteúdos.
Por
fim, alcançaríamos um processo de mão dupla, em que o aluno apresentaria seus
conhecimentos para o professor e esse oportunizaria a produção de novos signos.
Jéssika
Naiara da Silva
Estéfani
Dutra Ramos
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