domingo, 9 de novembro de 2014

John Dewey e a educação


John Dewey e a educação como “reconstrução da experiência”: um possível diálogo com a educação contemporânea

 

Rosenei Cristina R. Victor Alves

 

 
Neste estudo, Carlesso e Tomazetti (2009) apresentam resultados de pesquisa bibliográfica a partir dos livros de John Dewey, o que consideram fontes primárias e de estudiosos de Dewey, como fontes secundárias e discutem o processo educativo entre gerações como a formação de “redes de significação”. Assim, abordam a experiência como possibilidade para construção de significação próprias para o sujeito em meio a sociedade em que vive.
Do pensamento de Dewey as autoras ressaltam que a experiência, que esta sendo posta neste estudo, não pode ser definida como uma atividade que pode ser dispersiva, todavia tal experiência carrega em si “um fluxo e refluxo alimentados de significação. E esta significação só acontece quando há uma continuidade na atividade, gerando mudança naquele que pratica a ação” (p.576-7). Fica-nos claro que o homem é, em todos os seus processos de aprendizagem formal ou não, resultante das experiências que constrói, mesmo que não tenha a intenção como força motriz de uma ação. Aqui temos também o princípio da continuidade de Dewey, que já recomendara oportunizar aos alunos situações enriquecedoras e desafiadoras para lançá-lo a novos patamares de experiência. “O ato de pensar inclui dilemas e, segundo Dewey, é em tais dilemas que se encontra a atividade mental. É agregada a essa atividade uma dimensão de inquietude, de investigação, de movimento e não de conformidade (...)” (p.578).

As autoras ressaltaram também que no estudo e na tentativa de abranger o espaço escolar, organizaram entrevistas semi-estruturadas com seis professoras do ensino infantil. “Nas entrevistas as professoras foram questionadas sobre suas concepções e incentivadas a descreverem suas práticas relativa ao conceito de experiência” (p.576). Estas entrevistas foram fundamentadas na pergunta: O acontecimento da experiência é possível no espaço da sala de aula? Que experiência é essa?

Diante deste trabalho as autoras demonstram que ainda estamos assentados em um forte tradicionalismo educacional, ainda que nos discursos docentes exista a idéia de que se fomente experiências, no sentido de Dewey, como forma de construção de significações próprias dos alunos nas práticas escolares.

 

 

 

 

 

 

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