domingo, 9 de novembro de 2014

Reflexões sobre a educação contemporânea paulista


Reflexões sobre a  educação contemporânea paulista

 

Rosenei Cristina R. Victor Alves

 
No imaginário social percebemos marcas da ineficácia e de uma perspectiva negativa da escola no Brasil e particularmente no Estado de São Paulo, colocando no discurso a questão da qualidade do ensino como algo que não tem atingido objetivos básicos de escolarização. Todavia ao olharmos para a construção histórica desta escola temos a convicção de que precisamos resignificar as ideias que perpassam a escola e o o ensino, bem como o processo de democratização das últimas décadas, principalmente após a Lei de Diretizes e Bases da educação Nacional (LDB nº9394/1996), onde encontramos na letra da lei a expressão da universalização do ensino básico no Brasil de forma inédita, alcançando a diversidade social a a pluralidade cultural. Não temos dúvida de que tal fato se reveste de conflitos e problemas gerados pelas novas modalidades de estar e aprender na escola. Os sujeitos envolvidos neste contexto (alunos, professores, gestores e equipes técnicas) também precisam rever suas práticas e posturas. A formação cidadã que está posta necessita de que se repense as perspectivas das funções da escola, seu currículo, sua didática e o foco da qualidade na produção do conhecimento.

 A profissão docente tem sido fudamentada na ideia de que o magistério é um setor crítico  nas sociedades contemporâneas, pois tem importância pelo seu número elevado de trabalhadores e passam por eles, vínculos políticos e culturais pela necessidade de socialização e formação nas sociedades modernas.

Tal perspectiva tem embasado as discussões acerca da escola. Como já dissemos os avanços são concretos, mas eles ainda não refletem a importância que a sociedade atribui à escola que temos. Por outro lado, tanto outros desafios encontramos nesta realidade de universalização do ensino. Podemos começar pensando sobre o direito público à educação. A escola burguesa tem seus vieses de exclusão social, mas também, através dos Estados Nacionais tem como um dos seus pilares o orçamento para a educação, incluindo a estrutura física das escolas, materiais de ensino e o custeio salarial dos docentes e seus gestores.

Como um aspecto contraditório, os sistemas públicos criaram formas para garantir “produção”, como se fosse possível, buscando em inúmeras avaliações externas o cumprimento de metas para justificar o “investimento” público feito na educação. Daí já podemos observar que a valorização da profissão docente e as questões de formação ficam submissas às premissas economicistas. Tal fato não impede outras conquistas já realizadas pela instituição escolar, mas representa um desafio de base para o atendimento que já se atingiu na escola brasileira.

Assumir a responsabilidade, neste contexto, passa por controlar o financiamento da educação, bem como a oferta e o currículo, base da relação de ensino e aprendizagem.

 

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