Olá pessoal!!
No último dia 3 de outubro, tivemos um encontro agradável
e enriquecedor com o Profº Bernard Charlot. Mesmo com a voz cansada, devido ao
exaustivo dia de trabalho e contribuições, poder ouvi-lo, foi um privilégio, além de ter sido uma
oportunidade ímpar de podemos aprender, expandir e nos aprofundarmos na incansável
busca do conhecimento.
Uma das frases proferidas por ele, e que me chamou a
atenção, foi que "o homem nasce inacabado", esta frase, me levou a
reflexão de que a condição humana estabelece um exercício de movimento longo, complexo e
jamais acabado, no sentido de se apropriar mesmo que parcialmente de um mundo
pré-existente. Uma apropriação de caráter "obrigatório" que
desencadeia três processos, conforme vimos na leituras realizadas na disciplina
e no bate-papo que tivemos com este
pensador, que são os processos de hominização, singularização e socialização.
Outro fato levantado por ele, é que não podemos
considerar a escola, apenas como um ambiente de mera aprendizagem, mas sim, como um espaço rico de socialização, pois o
simples ato de nos construirmos e sermos construídos pelos outros, por meio das
relações que são estabelecidas dentro e fora da escola é a própria educação,
entendida de uma maneira ampla.
Para finalizar meu comentário, outro ponto destacado
por Charlot, é que nesse" fluxo e refluxo" de relações com o mundo,
com os pares e consigo mesmo, vai se tomando "forma" o desejo de
aprender. E, é por esse DESEJO, que se propulsiona, movimenta e direciona as
crianças, os jovens à caminho do saber. Enfim, uma direção que nos coloca na
responsabilidade como professores, de incentivar sempre nossos alunos para a
mobilização e não apenas para a motivação, pois de acordo com o que o Profº
Charlot disse, essa "mobilização" se refere a uma dinâmica interna,
trazendo a ideia de movimento, e que tem a ver com a ligação dos sentidos que
os alunos vão dando as suas ações.
Rodrigo Menegon
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