segunda-feira, 30 de junho de 2014

Repensando  a formação continuada  a partir da proposta teórico metodológica da Pesquisa-ação

Os estudos sobre pesquisa-ação na disciplina: “ Entre os saberes docentes e aprenderes discentes: questões teóricas e metodológicas”, ministrada pelo professor Mauro Betti,  tem  me feito  refletir muito sobre minha prática profissional  e  me seduzido,  efetivamente, pelo seu caráter formativo e emancipador. As  leituras têm me  mobilizado internamente, produzido um certo incômodo  não só sobre   meu papel de formadora mas sobre  a falta de projeto de formação continuada  eficaz das  secretarias de educação nas escolas.

 Assim, como profissional da educação, ocupando um espaço de gestora e por sua vez  formadora  na escola, vislumbro  a pesquisa-ação como  uma abordagem teórica e metodológica profícua na  formação  continuada  por  basear-se  na ação reflexão, na participação do professor como sujeito produtor de conhecimento a partir do seu ofício e desta forma  autores de transformações necessárias.
Fico imaginando como  realizar na escola  em parceria  com os que lá trabalham  a investigação de nossa prática para  melhorá-la cada vez mais.  O desafio  maior  que sinto é saber mobilizar o outro para investigar, o desejo de pesquisar a prática, o local de trabalho, se virem como  autores, produtores de conhecimento, estabelecer uma relação  boa, significativa com o saber .

Aos  responsáveis pelas políticas públicas de formação continuada local e nacional se portarem como pesquisadores colaborativos na e  pela formação  continuada nas escolas,enfrentar o desafio de   buscarem referenciais  na pesquisa-ação, que tenha por princípios:

a ação conjunta entre pesquisador-pesquisados;
a realização da pesquisa em ambientes onde acontecem as próprias práticas;
a organização de condições de autoformação e emancipação aos sujeitos da ação;
a criação de compromissos com a formação e o desenvolvimento de procedimentos crítico-
reflexivos sobre a realidade;
o desenvolvimento de uma dinâmica coletiva que permita o estabelecimento de referências
contínuas e evolutivas com o coletivo,no sentido de apreensão dos significados construídos e em construção;
reflexões que atuem na perspectiva de superação das condições de opressão, alienação e de massacre da rotina;
ressignificações coletivas das compreensões do grupo, articuladas com as condições sociohistóricas;
o desenvolvimento cultural dos sujeitos da ação.(FRANCO, 2005, p.485)

A mim fica  o desafio nada fácil, pessoal e profissional, de estudar  a metodologia da pesquisa-ação, para   gestar na escola espaços de formação continuada nestes moldes na escola, pois o que  desejo, pretendo é  “ assumir os dois papéis, de pesquisador e de participante, e ainda sinalizando para a necessária emergência dialógica da consciência dos sujeitos na direção de mudança de percepção e de comportamento.(idem, p.483)”

Referências

FRANCO, M. A .S . Pedagogia da Pesquisa-Ação. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 3, p. 483-502, set./dez. 2005. Disponível em: www.scielo.br/pdf/ep/v31n3/a11v31n3.pdf.     Acessado em 11/04/2014


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