quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A PERSPECTIVA SEMIÓTICA DA EDUCAÇÃO

Ana Cristina Teodoro da Silva

A presente autora buscou em seu texto explicitar a relação entre semiótica e educação. Teve por objetivo demonstrar que a semiótica é uma lógica útil e imprescindível dentro dos fundamentos da educação. Silva inicia a discussão afirmando que a semiótica é campo do conhecimento, assim, propõe uma visão de mundo que rompe com as dualidades conceituais. A autora entende que as relações naturais e o processo de conhecimento ocorrem por meio de uma relação tríade de categorias fundamentais denominadas de: a) primeiridade (sensações); b) secundidade (surpresa); c) terceiridade (pensamento, inteligência). Segundo a autora, semiótica é a ciências que estuda os signos,  sendo o processo gerador dos signos denominado de semiose. Portanto, as constituintes do signo são: a) representamem (experiência prévia); b) objeto (uma idéia, que necessita de um signo para ser expressa), c) interpretante. Segundo a autora todo aprendizado ocorre por meio dos signos, deste modo, o processo comunicativo é fundamental para o desenvolvimento cognitivo do aluno. Portanto para a semiótica, onde ocorre à comunicação há aprendizado e há aprendizado onde houver ação e signo. Para esta discussão tão importante para o processo educativo, Silva traz as contribuições do pensamento de Pierce quando afirma que é desafiador para o professor compreender que, em sua sala de aula cada criança esta em processo de “semiose”. Reconhecer este fato exige que do professor a consciência e o conhecimento de que para o aluno aprender ele precisa estar disposto a ser afetado pelo saber, precisa estar disposto a disponibilizar sua mente para aprender, mobilizando a sua atenção, seus sentidos, procurando assim, interagir com o mundo a sua volta. Neste contexto o professor intermedeia os objetos de conhecimento do mundo para os alunos, e ambos, produzem conhecimentos nesse processo semiótico. Para finalizar a análise a autora deixa um desafio para os profissionais da educação, a incorporação e a utilização de diferentes linguagens no contexto da escola, reconhecendo-a como produtora de pensamentos e novas aprendizagens, uma vez que a comunicação já é incorporada e utilizada por outros diversos meios sociais e culturais.

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