quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

A PERSPECTIVA SEMIÓTICA DA EDUCAÇÃO


Silva (2008), em seu artigo intitulado A perspectiva semiótica da educação, um dos textos analisados na disciplina Entre Saberes Docentes e Aprenderes Discentes: Questões Teóricas e Metodológicas ministrada pelo Prof. Dr. Mauro Betti, faz uma relação entre semiótica e educação, baseado nos estudos de Charles Sanders Peirce (1839 – 1914), por meio de Lucia Santaella e Lauro Frederico Barbosa da Silveira.
Primeiramente aborda a definição de semiótica, partindo de toda fenomenologia de Pierce, depois relaciona semiótica e aprendizagem e finaliza exemplificando situações em que ocorrem semiose em processos educacionais.
No entanto, a meu ver, o que mais merece destaque é a abordagem realizada entre semiótica e aprendizagem, argumentando que “todo aprendizado ocorre por signos. O processo comunicativo é fundamental à cognição. Aprendemos comunicando e comunicamos aprendendo. Mesmo sem querer, aprendemos, todas as vezes que participamos de uma cadeia sígnica”.
Dessa forma, a autora cita que não importa a situação de comunicação que se inicia, sempre poderá ocasionar aprendizagens, seja em ambientes sociais informais como nos informais. Agora, o conteúdo destas aprendizagens é outra história, sendo a escola o ambiente que procura conduzir o aprendizado com objetivos pedagógicos específicos.
Porém, o afeto também inicia situações de aprendizagem, onde somente aquilo que é afetado, atinge a mente. Dessa maneira, em ambientes escolares, Silva (2008) diz que sempre que ocorrer comunicação haverá aprendizagem, levando em conta a possibilidade de cada um e o afeto dado e recebido no decorrer do processo, gerando ritmos de aprendizagem diferentes.
Silva (2008) diz que há a necessidade de se insistir na importância do afeto, pois este se conecta à primeiridade, categoria indispensável de todo processo semiótico. “Sem esse sentimento de algo que nos toca não se efetua processo sígnico completo”.
De acordo com a autora, para Pierce, o pensamento não é uma característica exclusivamente humana, está presente em todo universo, criando diálogos e negociações, estando em constante semiose.
E finaliza esta parte do artigo citando o mais famoso pensamento de Pierce que diz que o pensamento não está em nós, nós é que estamos em pensamento. “Não reagimos mecanicamente às situações, de forma sempre igual. Estamos sempre em movimento, criando novos signos, aprendendo”.

Referência

 SILVA, A. C. T. da. A perspectiva semiótica da educação. Revista Teoria e Prática da Educação, Maringá, v. 11, n.3, p.259-267, set-dez. 2008.

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