sábado, 12 de janeiro de 2013

O processo de significação no contexto escolar.



A partir das leituras realizadas durante a disciplina e as discussões em sala de aula, levantamos os seguintes questionamentos: Como favorecer a semiose no contexto educacional? Ou ainda, o ambiente escolar tem possibilitado tal processo de significação?
Tais questionamentos se fazem relevantes ao partirmos do apontamento apresentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, no qual destaca que o currículo escolar deve ser concebido como um conjunto de práticas que busquem articular as experiências e os saberes dos alunos com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, científico, artístico e tecnológico. Essas práticas devem ser efetivas por meio de relações sociais que os alunos desde bem pequenos estabelecem com os professores e os demais alunos, e afetam a construção de suas identidades.
Nesse sentido, entendemos que a semiose necessita efetivar-se no processo educacional. Isso porque o processo de ensino e aprendizagem acontece não apenas com o aluno, mas também com o professor. Ou seja, quando tanto o primeiro e/ou o segundo partem de um signo (qualquer coisa –um som ,gesto, traço, palavra, ritmo, etc – que representa outra coisa, para uma “mente” interpretadora, sob certos aspectos, de alguma maneira) e produz novos signos, então nesse momento surge o novo, quando relaciona-se dois signos ou mais.
Dessa forma, entendemos que a Educação atualmente não tem possibilitado o processo de significação para o aluno, visto que as práticas pedagógicas ainda estão pautadas em uma via de mão única, em que, na maioria das vezes, o professor é o único detentor do conhecimento, ou seja, o processo educacional se dá de forma vertical, do professor para o aluno e não na relação dialética entre ambos.
Diante disso, compreendemos que se as práticas pedagógicas valorizassem os conhecimentos, saberes, culturas e hábitos que os alunos trazem de seu contexto familiar, social e religioso para o ambiente escolar, e por meio deles ampliassem tais repertórios, possibilitando a construção de novos signos teríamos então uma educação de mais qualidade, em que o aluno seria visto como capaz e não apenas como (re)produtor de conteúdos.
Por fim, alcançaríamos um processo de mão dupla, em que o aluno apresentaria seus conhecimentos para o professor e esse oportunizaria a produção de novos signos.

 

Jéssika Naiara da Silva
Estéfani Dutra Ramos

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