sábado, 18 de outubro de 2014

ATIVIDADE REFERENTE AO DIA 03/10/2014 - para os não presentes.

De acordo com a solicitação do professor de uma análise do texto de Bernard Charlot (CHARLOT, B. A mistificação pedagógica: as formas contemporâneas de um processo perene - prefácio à nova edição brasileira. In: _____. A mistificação pedagógica: realidades sociais e processos ideológicos na teoria da educação. São Paulo: Cortez, 2013. p. 33-50) a partir das noções de “crença” e “dúvida” e do “método científico (abdutivo-indutivo)” de Charles S. Pierce, tenho a comentar:

O texto discute o fato do processo de educação escolar estar desvinculado das questões sociais e alerta para o fato de que uma mudança social requer uma Pedagogia Social na prática e não apenas em discursos. E que quando a educação não valoriza este aspecto contribui para silenciar as realidades sociais. Outro aspecto relevante do texto é quando o autor discute os modismos na educação, como por exemplo, o uso da informática versus o ensino tecnicista, o relevante da discussão é alertar os professores para o papel fundamental que os mesmos desempenham no sentido de discutir e refletir de forma mais elaborada os prós e contra das propostas. E que acreditar que equipamentos ou técnicas resolverão o problema da educação, ou seja, o acesso, a permanência e o processo de ensino e aprendizagem eficaz é simplesmente mais uma vez ignorar a dimensão social e contribuir para a produção de uma nova forma de mistificação pedagógica. Ainda ao longo do texto o autor critica e descreve a lógica neoliberal e a educação nas décadas de 60, 70, 80 e 90. Por fim, o autor alerta para o fato de que a educação deve ser um processo triplo de humanização, socialização/ingresso em uma cultura e subjetivação/singularização, onde seja indissociável a condição humana, social e singular. Diante do exposto o comparativo que podemos fazer é no sentido de que com base nos textos lidos de Pierce parece nos que a dúvida gera a investigação e posteriormente a crença e isso afeta o ser humano e portanto no processo educacional em todas as fases a questão social deve ser considerada. A escola e os professores têm um papel fundamental, não somente na transmissão do conhecimento científico como muitos acreditam, mas principalmente no papel de levar o aluno a refletir sobre este conhecimento cientifico, e também sobre as condições sociais e a partir destas reflexões provocar mudanças no sujeito, no seu comportamento e consequentemente colaborar para o processo de transformação social que de fato esperamos e acreditamos.

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